23 dezembro 2005

Mensagem de natal

Gostaria de transmitir a todos os que visitam este blog o meu agradecimento pela prenda de Natal que me ofereceram. As 1300 visitas alcançadas em tão pouco tempo de vida deste blog são com toda a certeza a melhor prenda para este blog. Muito obrigado a todos.
Queria também desejar-lhes um Bom Natal e um ano de 2006 recheado de boas surpresas e muita felicidade!
este Blog continuará em 2006 a acompanhar o dia -a-dia de todos nós, aparecerá renovado, com mais conteúdos e um maior espaço de debate de alguns temas de interesse quer nacional quer local.

com os melhores cumprimentos,

Daniel Rodrigues

22 dezembro 2005

Presépio na Igreja de Ronfe


Na igreja paroqial de Ronfe encontra-se um presépio feito com sementes. Nesse painel estão milhares de sementes (milho, feijão, favas, bolotas de carvalho, etc). Cada semente está espetada em palitos (100000 palitos), que por sua vez foram aplicados num painel de 2,50*5 metros. A Comissão de Festas de S.Tiago/2005 é a autora desta obra de arte.

Já diversas pessoas visitaram este presépio, entre elas, o Presidente da Câmara Municipal de Guimarães.
Este presépio foi feito por uma equipa de cerca de 20 pessoas que trabalharam ao longo dos dois últimos meses.
Este presépio pode ser visitado todos os dias, até ao dia 8 de Janeiro.

Os presépios comunitários foram feitos por grupos de pessoas nos lugares de residência. São doze esses presépios comunitários. A maioria das figuras foram feitas pelas pessoas. Esta iniciativa pretende ajudar aa avivar a tradição do presépio e desenvolver o espirito de cooperação e partilha entre as pessoas.
Esta "tradição" começou há cerca de 5 anos por iniciativa da Comissão de Festas de S.Tiago.

20 dezembro 2005

Natal na Vila de Ronfe

A Vila de Ronfe está muito bonita. Quando a noite aparece e as luzes de Natal se acendem, é muito agradável de se ver o brilho que a iluminação de Natal dá àquela zona.

19 dezembro 2005

Construir um país

Construir um país
Precisa-se de matéria prima para construir um País
Eduardo Prado Coelho - in Público
A crença geral anterior era de que Santana Lopes não servia, bem como Cavaco, Durão e Guterres. Agora dizemos que Sócrates não serve. E o que vier depois de Sócrates também não servirá para nada. Por isso começo a suspeitar que o problema não está no trapalhão que foi Santana Lopes ou na farsa que é o Sócrates. O problema está em nós. Nós como povo.
Nós como matéria prima de um país. Porque pertenço a um país onde a ESPERTEZA é a moeda sempre valorizada, tanto ou mais do que o euro. Um país onde ficar rico da noite para o dia é uma virtude mais apreciada do que formar uma família baseada em valores e respeito aos demais. Pertenço a um país onde, lamentavelmente, os jornais jamais poderão ser vendidos como em outros países, isto é, pondo umas caixas nos passeios onde se paga por um só jornal E SE TIRA UM SÓ JORNAL, DEIXANDO-SE OS DEMAIS ONDE ESTÃO.
Pertenço ao país onde as EMPRESAS PRIVADAS são fornecedoras particulares dos seus empregados pouco honestos, que levam para casa, como se fosse correcto, folhas de papel, lápis, canetas, clips e tudo o que possa ser útil para os trabalhos de escola dos filhos ... e para eles mesmos. Pertenço a um país onde as pessoas se sentem espertas porque conseguiram comprar um descodificador falso da TV Cabo, onde se frauda a declaração de IRS para não pagar ou pagar menos impostos.
Pertenço a um país onde a falta de pontualidade é um hábito.
Onde os directores das empresas não valorizam o capital humano.
Onde há pouco interesse pela ecologia, onde as pessoas atiram lixo nas ruas e depois reclamam do governo por não limpar os esgotos.
Onde pessoas se queixam que a luz e a água são serviços caros.
Onde não existe a cultura pela leitura (onde os nossos jovens dizem que é "muito chato ter que ler") e não há consciência nem memória política, histórica nem económica. Onde nossos políticos trabalham dois dias por semana para aprovar projectos e leis que só servem para caçar os pobres, arreliar a classe média e beneficiar a alguns.
Pertenço a um país onde as cartas de condução e as declarações médicas podem ser compradas", sem se fazer qualquer exame.
Um país onde uma pessoa de idade avançada, ou uma mulher com uma criança nos braços, ou um inválido, fica em pé no autocarro, enquanto a pessoa que está sentada finge que dorme para não dar-lhe o lugar. Um país no qual a prioridade de passagem é para o carro e não para o peão. Um país onde fazemos muitas coisas erradas, mas estamos sempre a criticar os nossos governantes.
Quanto mais analiso os defeitos de Santana Lopes e de Sócrates, melhor me sinto como pessoa, apesar de que ainda ontem corrompi um guarda de trânsito para não ser multado. Quanto mais digo o quanto o Cavaco é culpado, melhor sou eu como português, apesar de que ainda hoje pela manhã explorei um cliente que confiava em mim, o que me ajudou a pagar algumas dívidas. Não. Não. Não. Já basta.
Como "matéria prima" de um país, temos muitas coisas boas, mas falta muito para sermos os homens e as mulheres que nosso país precisa. Esses defeitos, essa "CHICO-ESPERTERTICE PORTUGUESA" congénita, essa desonestidade em pequena escala, que depois cresce e evolui até converter-se em casos escandalosos na política, essa falta de qualidade humana, mais do que
Santana, Guterres, Cavaco ou Sócrates, é que é real e honestamente ruim, porque todos eles são portugueses como nós, ELEITOS POR NÓS. Nascidos aqui, não em outra parte...
Fico triste. Porque, ainda que Sócrates fosse embora hoje mesmo, o próximo que o suceder terá que continuar trabalhando com a mesma matéria prima defeituosa que, como povo, somos nós mesmos. E não poderá fazer nada... Não tenho nenhuma garantia de que alguém possa fazer melhor, mas enquanto alguém não sinalizar um caminho destinado a erradicar primeiro os vícios que temos como povo, ninguém servirá. Nem serviu Santana, nem serviu Guterres, não serviu Cavaco, e nem serve Sócrates, nem servirá o que vier. Qual é a alternativa?
Precisamos de mais um ditador, para que nos faça cumprir a lei com a força e por meio do terror? Aqui faz falta outra coisa.
E enquanto essa "outra coisa" não comece a surgir de baixo para cima, ou de cima para baixo, ou do centro para os lados, ou como queiram, seguiremos igualmente condenados, igualmente estancados....igualmente abusados!
É muito bom ser português. Mas quando essa portugalidade autóctone começa a ser um empecilho às nossas possibilidades de desenvolvimento como Nação, então tudo muda...
Não esperemos acender uma vela a todos os santos, a ver se nos mandam um messias.
Nós temos que mudar. Um novo governante com os mesmos portugueses nada poderá fazer. Está muito claro... Somos nós que temos que mudar. Sim, creio que isto encaixa muito bem em tudo o que anda a nos acontecer: desculpamos a mediocridade de programas de televisão nefastos e francamente tolerantes com o fracasso. É a indústria da desculpa e da estupidez.
Agora, depois desta mensagem, francamente decidi procurar o responsável, não para castigá-lo, senão para exigir-lhe (sim, exigir-lhe) que melhore seu comportamento e que não se faça de mouco, de desentendido. Sim, decidi procurar o responsável e ESTOU SEGURO QUE O ENCONTRAREI QUANDO ME OLHAR NO ESPELHO. AÍ ESTÁ. NÃO PRECISO PROCURÁ-LO EM OUTRO LADO.

15 dezembro 2005

Rua do Cainéu

Finalmente, foi hoje pavimentada a rua do Cainéu. Esburacada com a passagem do colector do saneamento municipal, os habituais frequentadores daquela artéria foram saturados pelo estado da via entretando esburacada. Foram vários os que junto de mim reproduziram o seu desagrado o qual ampliei junto dos responsáveis municipais.
Enfim, termina o desassossego daqueles moradores.




13 dezembro 2005

As mediáticas eleições Presidenciais!

Apesar das eleições presidenciais só se realizarem em 2006, a segunda metade do ano de 2005 fica marcada por esta grande “bola de neve” que cresce a cada dia que passa. As escolhas dos candidatos, os tabus, as guerrilhas partidárias acompanhadas pelas “ birras internas”, os debates mediáticos e preparados a preceito pelas equipas de marketing politico de cada candidato, enfim os portugueses têm sido bombardeados por esta questão das presidenciais a toda a hora. Mas afinal quem ganha com isto tudo? Antes de mais, a comunicação social, os media, que têm explorado quase tudo o que se relaciona com os vários candidatos, desde a motivação para concorrer ao alto titulo da presidência da Republica até à cor de gravata preferida de cada candidato. O segundo e principal beneficiado com esta questão das presidenciais e a forma como tem sido debatida é sem duvida o primeiro-ministro José Sócrates. E isto porque desde que começou a ser debatida a questão das presidenciais as atenções que até aí recaíam sobre a formação do novo governo saído das eleições de 20 de Fevereiro e as soluções que o mesmo iria propor aos portugueses foram desviadas para as presidenciais, criando assim, um verdadeiro estado de graça ao governo de José Sócrates, que como sabem ou ainda se lembram está a governar o país e, lembro isto, porque para alguns isso parece ainda não estar a acontecer.
Permitam-me que vos lembre do ambiente que precedeu as eleições legislativas de 20 de Fevereiro, a crise económica, a instabilidade politica referida por Jorge Sampaio, a profunda onda de descrédito do governo de Santana Lopes apontado de ser incapaz de dar a volta a todos os problemas do país. Pois bem, o “salvador da pátria”, detentor de uma maioria robusta, o tal José Sócrates, eleito pelo partido socialista já governa há mais do dobro do tempo que foi concedido a Santana. Agora eu pergunto, o que mudou de lá para cá, o que mudou com José Sócrates, existe maior estabilidade politica? Pelo que sei, o homem com a pasta mais importante e determinante para a resolução dos males apontados até então a este país era o ministro das finanças, não durou mais do que 3 meses. Onde estão os tais milhares de empregos, onde está o crescimento da economia, onde está o bem estar social, onde está a baixa de impostos!?
Bem, os Portugueses também devem ter estas dúvidas, no entanto neste momento vivem anestesiados com as presidenciais. E apesar de anestesiados e bombardeados com toda esta campanha penso que a maior parte ainda nem sequer está esclarecido sobre a forma como funciona o cargo de Presidente da Republica, os seus poderes, as suas competências, até que ponto o mesmo pode intervir, ajudar ou até mesmo resolver os problemas do país. Sim, porque a avaliar pela campanha até parece que o vencedor vai num “passo de mágica” resolver os problemas deste país. Mas de que forma? Com que meios legais? Como? Este é o mal desta grande mediatização, que tudo desvirtualiza que desvia a atenção dos portugueses das verdadeiras questões, que não informa, que “pinta” toda esta campanha de cor de rosa, imbuída de um populismo demagógico que em nada ajuda os portugueses, criando-lhes falsas esperanças para um futuro cada vez mais duvidoso nesta Europa alargada a 25…