15 abril 2005

Breves Notas

(Artigo publicado na edição de Abril de 2005 do Jornal "Repórter Local")
Primeira nota: A Morte de João Paulo II, a morte do nosso Papa, representa o fim e um ciclo e uma grande perda para todos nós. Não o valorizo apenas pelo lugar que ocupou, mas retenho a sua figura como m homem bom. Um actor que participou na construção de um mundo melhor, deu um contributo deveras significativo. A sua passagem pela vida mudou muita coisa e, todas elas para melhor...
Segunda nota: As eleições autárquicas estão perto e os movimentos já se notam. Primeiro, os movimentos daqueles que, agarrados ao poder, tentam mantê-lo a todo o custo. Segundo, aqueles que, em tempos, ninguém viu e que, agora, aparecem, encostados aqui e acolá, conforme der jeito, a proclamar todos os milagres e soluções, ideias e razões até à exaustão, criticando quem está e quem esteve.
A independência com que eu vivo da política permite-me olhar esta situação com alguma graça e ver os jogos que as pessoas fazem, sem se aperceberem, sequer, das figuras completamente ridículas, hipócritas ou até vergonhosas.
Tudo bem, são os movimentos políticos que nos rodeiam.
Nota-se também, neste particular, as mexidas de alguns actores que mudam de partido como quem muda um simples par de meias, fazem lembrar o mercado de Verão dos clubes de futebol, onde quem der mais é que é amigo... Enfim, já o disse anteriormente, pobre da nossa politica, ainda por cima quando estas práticas são fomentadas por quem tem maiores responsabilidades no poder autárquico. Caso para dizer: os exemplos bons que deveriam vir de cima, não existem!
Terceira nota: As portagens. Insistir no não pagamento das portagens nas Scuts é um grave erro que prejudica, não só o pagamento das facturas ainda existentes das auto-estradas construídas, que com certeza vão uma vez mais ser negociadas para o futuro - ou seja, como bem diz o povo, "quem vier atrás que feche a porta" -, como prejudica, também, quem vive em sítios que diariamente as paga, na utilização que fazem de auto-estradas em tudo iguais às referidas Scuts. Um exemplo: a via do Infante, no Algarve. É uma estrada em tudo igual às auto-estradas A3, A7, A11, aquelas que nós pagamos diariamente, nas nossas deslocações a Guimarães, Braga, Vila Nova de Famalicão, Porto. Porque será, então, que eu, como vivo no concelho de Guimarães, tenho de pagar todas estas utilizações e outros portugueses, beneficiando de serviço igual, não pagam?