O texto que abaixo reproduzo refere-se à intervenção do vereador do PSD na C. M. de Guimarães, Dr. Carlos Vasconcelos, efectuada no periodo antes da ordem do dia da ultima reunião de Câmara de dia 12 de outubro e que eu subscrevo na integra e agradeço.
"Na última reunião da Câmara Municipal de Guimarães, no período de antes da ordem do dia, e no espaço habitualmente destinado às informações, o senhor Presidente trouxe a esta Câmara um assunto que dizia ser para reflectir: a entrega por parte da Junta de Freguesia de Ronfe de manuais e material escolar aos alunos das escolas do 1.º ciclo naquela freguesia.
Dizia-se na altura que a iniciativa era “populista”, “demagógica” e “ilegal”.
Volvidos 3 semanas, depois dos esclarecimentos prestados publicamente pela Junta de Freguesia de Ronfe e depois da última sessão da Assembleia Municipal, todos já percebemos que o senhor Presidente está interessado em tudo menos em reflectir sobre o assunto.
É que, conforme foi publicamente demonstrado, as referidas criticas são injustas, não têm fundamento e radicam ou em falta de informação ou em má fé.
O que está em causa é algo bem diferente.
O senhor Presidente e esta maioria sentiram a necessidade de lançar uma investida contra a medida, com o objectivo de responder aos pedidos de apoio, de financiamento e às pressões que a este nível têm sentido de Presidentes de Junta socialistas que, pretendendo fazer o mesmo nas suas freguesias e pensando não terem os meios necessários para o fazer, vêem na Câmara Municipal de Guimarães a entidade que os poderá ajudar a concretizar esse desiderato.
A crítica à medida, sem fundamento ou com má fé, essa sim demagógica, foi o expediente encontrado para ensaiar uma fuga para a frente.
O ataque pessoal, a ofensa à honra profissional, a que assistimos na última Assembleia Municipal, foi mais um exemplo de um certo tipo de discurso trauliteiro que tem vindo a ser usado pelo Presidente da Câmara Municipal de Guimarães no relacionamento com os Presidentes de Junta do concelho.
Do ponto de vista táctico, a aludida fuga para a frente até não seria mal pensada. Mas para ser totalmente concretizada era preciso que não tivéssemos meios para obtermos as informações de que dispomos.
As populações do concelho merecem autarcas preocupados com as suas necessidades e com as suas carências sociais."