18 outubro 2006

Cairiam o “Carmo e a Trindade” em Guimarães…

“Populista, demagógica, injusta e imoral”, foi desta forma que o poder municipal em Guimarães, classificou uma das medidas levadas a cabo por uma Junta de Freguesia do concelho. Não é pelo facto de ser eu o autarca em causa, que comento a adjectivação dada á medida, mas apenas por considerar que o comentário ou, neste caso, a classificação se revela indelicada e infeliz.
Como reagiria o líder municipal se o governo deste país viesse a publico considerar esta ou aquela medida adoptada pelo município vimaranense, como demagógica e populista? Como reagiria o partido socialista vimaranense se essa consideração partisse de um Governo social-democrata? Pois bem meus amigos, a resposta é mesmo essa cairiam o “Carmo e a Trindade” em Guimarães…

Que “simplex” que é, entrar na faculdade…

Por falar em Imoralidades e injustiças, esta semana fiquei boquiaberto com as noticias que vieram a publico e que davam conta de alunos inscritos no ensino superior, sem que para isso tenham sequer o 9.º ano. “Se tens mais de 23 anos e dinheiro para pagar um curso, não te preocupes com as notas, entra na nossa universidade”. Este parece ser o slogan actual, de publicidade, das muitas universidades deste país. É assim que o nosso Governo tem “promovido a igualdade de oportunidades no acesso ao ensino superior”. Todos aqueles alunos que se vêm esforçando ao longo dos anos por alcançar um lugar, no difícil e restrito mundo do ensino superior, devem estar nesta altura a pensar se vale a pena o percurso trilhado até então.
Hoje em dia com a simples pergunta do 1 + 1 se escolhe um futuro aluno de arquitectura ou até mesmo de psicologia, é caso para se dizer Uau! Que “simplex” que é, entrar na faculdade…Nota: aos pais do aluno é apenas pedido que pague o respectivo curso “a peso de ouro”. E assim se mantêm abertos muitos dos cursos e universidades do nosso Portugal querido. Talvez esta seja uma medida de combate ao desemprego na área dos docentes universitários e eu esteja neste momento a meter o pé na argola?

As reformas em curso são as indicadas?

Um país vive de reformas, o seu desenvolvimento depende delas, o seu sucesso é o sinal claro de uma grande nação. Pergunto: as reformas em curso são as indicadas? Estão a ser realizadas nas devidas áreas? Serão tão profundas quanto o necessário? Quais os seus objectivos? A estas perguntas talvez só exista resposta daqui por uns bons 10 anos. No entanto, o que me preocupa não será tanto o resultado mas a forma como se avança para uma reforma. Não poderemos ter a mesma atitude daquele condutor que vai a conduzir o seu automóvel enquanto fala ao telemóvel e de repente vê um policia e baixa o seu aparelho para não ser multado, levantando de imediato, após confirmação de que saiu do raio de visão do agente policial, o auscultador. Quero com isto dizer que as reformas não poderão ser feitas apenas para que o país passe no crivo da fiscalização, para que logo a seguir tudo fique igual. As reformas em curso, por exemplo, visam a redução do défice de Portugal, para que possamos apresentar á união europeia, ao tal crivo, bons resultados ou resultados positivos, não querendo isto significar que após a fiscalização necessária, tudo possa afinal correr para o pântano actual. Quando se pede aos portugueses para apertar o cinto temos de ter pelo menos a garantia que no futuro a medida terá um certo resultado, não se pode pensar apenas em passar na “vistoria”…

13 outubro 2006

Intervenção de vereador do PSD sobre os apoios educativos na Vila de Ronfe

O texto que abaixo reproduzo refere-se à intervenção do vereador do PSD na C. M. de Guimarães, Dr. Carlos Vasconcelos, efectuada no periodo antes da ordem do dia da ultima reunião de Câmara de dia 12 de outubro e que eu subscrevo na integra e agradeço.
"Na última reunião da Câmara Municipal de Guimarães, no período de antes da ordem do dia, e no espaço habitualmente destinado às informações, o senhor Presidente trouxe a esta Câmara um assunto que dizia ser para reflectir: a entrega por parte da Junta de Freguesia de Ronfe de manuais e material escolar aos alunos das escolas do 1.º ciclo naquela freguesia.
Dizia-se na altura que a iniciativa era “populista”, “demagógica” e “ilegal”.
Volvidos 3 semanas, depois dos esclarecimentos prestados publicamente pela Junta de Freguesia de Ronfe e depois da última sessão da Assembleia Municipal, todos já percebemos que o senhor Presidente está interessado em tudo menos em reflectir sobre o assunto.
É que, conforme foi publicamente demonstrado, as referidas criticas são injustas, não têm fundamento e radicam ou em falta de informação ou em má fé.
O que está em causa é algo bem diferente.
O senhor Presidente e esta maioria sentiram a necessidade de lançar uma investida contra a medida, com o objectivo de responder aos pedidos de apoio, de financiamento e às pressões que a este nível têm sentido de Presidentes de Junta socialistas que, pretendendo fazer o mesmo nas suas freguesias e pensando não terem os meios necessários para o fazer, vêem na Câmara Municipal de Guimarães a entidade que os poderá ajudar a concretizar esse desiderato.
A crítica à medida, sem fundamento ou com má fé, essa sim demagógica, foi o expediente encontrado para ensaiar uma fuga para a frente.
O ataque pessoal, a ofensa à honra profissional, a que assistimos na última Assembleia Municipal, foi mais um exemplo de um certo tipo de discurso trauliteiro que tem vindo a ser usado pelo Presidente da Câmara Municipal de Guimarães no relacionamento com os Presidentes de Junta do concelho.
Do ponto de vista táctico, a aludida fuga para a frente até não seria mal pensada. Mas para ser totalmente concretizada era preciso que não tivéssemos meios para obtermos as informações de que dispomos.
As populações do concelho merecem autarcas preocupados com as suas necessidades e com as suas carências sociais."

02 outubro 2006

PCTP/MRPP aplaudiu Junta de Ronfe pela entrega de manuais escolares

O PCTP/MRPP felicitou ontem, durante a sessão ordinária da Assembleia Municipal, a Junta de Ronfe pela entrega de manuais escolares aos alunos do 1º Ciclo do Ensino Básico que frequentam os estabelecimentos de ensino da vila. Na sua intervenção, o deputado Domingos Torres não poupou críticas à reprovação que o executivo socialista da Câmara vimaranense – recorde-se – recentemente lançara sobre esta questão. Na resposta, o presidente da Câmara Municipal de Guimarães mostrou-se novamente implacável. António Magalhães acusou o deputado do PCTP/MRPP de atacar o poder defendendo, ao mesmo tempo, uma imoralidade.