23 dezembro 2005

Mensagem de natal

Gostaria de transmitir a todos os que visitam este blog o meu agradecimento pela prenda de Natal que me ofereceram. As 1300 visitas alcançadas em tão pouco tempo de vida deste blog são com toda a certeza a melhor prenda para este blog. Muito obrigado a todos.
Queria também desejar-lhes um Bom Natal e um ano de 2006 recheado de boas surpresas e muita felicidade!
este Blog continuará em 2006 a acompanhar o dia -a-dia de todos nós, aparecerá renovado, com mais conteúdos e um maior espaço de debate de alguns temas de interesse quer nacional quer local.

com os melhores cumprimentos,

Daniel Rodrigues

22 dezembro 2005

Presépio na Igreja de Ronfe


Na igreja paroqial de Ronfe encontra-se um presépio feito com sementes. Nesse painel estão milhares de sementes (milho, feijão, favas, bolotas de carvalho, etc). Cada semente está espetada em palitos (100000 palitos), que por sua vez foram aplicados num painel de 2,50*5 metros. A Comissão de Festas de S.Tiago/2005 é a autora desta obra de arte.

Já diversas pessoas visitaram este presépio, entre elas, o Presidente da Câmara Municipal de Guimarães.
Este presépio foi feito por uma equipa de cerca de 20 pessoas que trabalharam ao longo dos dois últimos meses.
Este presépio pode ser visitado todos os dias, até ao dia 8 de Janeiro.

Os presépios comunitários foram feitos por grupos de pessoas nos lugares de residência. São doze esses presépios comunitários. A maioria das figuras foram feitas pelas pessoas. Esta iniciativa pretende ajudar aa avivar a tradição do presépio e desenvolver o espirito de cooperação e partilha entre as pessoas.
Esta "tradição" começou há cerca de 5 anos por iniciativa da Comissão de Festas de S.Tiago.

20 dezembro 2005

Natal na Vila de Ronfe

A Vila de Ronfe está muito bonita. Quando a noite aparece e as luzes de Natal se acendem, é muito agradável de se ver o brilho que a iluminação de Natal dá àquela zona.

19 dezembro 2005

Construir um país

Construir um país
Precisa-se de matéria prima para construir um País
Eduardo Prado Coelho - in Público
A crença geral anterior era de que Santana Lopes não servia, bem como Cavaco, Durão e Guterres. Agora dizemos que Sócrates não serve. E o que vier depois de Sócrates também não servirá para nada. Por isso começo a suspeitar que o problema não está no trapalhão que foi Santana Lopes ou na farsa que é o Sócrates. O problema está em nós. Nós como povo.
Nós como matéria prima de um país. Porque pertenço a um país onde a ESPERTEZA é a moeda sempre valorizada, tanto ou mais do que o euro. Um país onde ficar rico da noite para o dia é uma virtude mais apreciada do que formar uma família baseada em valores e respeito aos demais. Pertenço a um país onde, lamentavelmente, os jornais jamais poderão ser vendidos como em outros países, isto é, pondo umas caixas nos passeios onde se paga por um só jornal E SE TIRA UM SÓ JORNAL, DEIXANDO-SE OS DEMAIS ONDE ESTÃO.
Pertenço ao país onde as EMPRESAS PRIVADAS são fornecedoras particulares dos seus empregados pouco honestos, que levam para casa, como se fosse correcto, folhas de papel, lápis, canetas, clips e tudo o que possa ser útil para os trabalhos de escola dos filhos ... e para eles mesmos. Pertenço a um país onde as pessoas se sentem espertas porque conseguiram comprar um descodificador falso da TV Cabo, onde se frauda a declaração de IRS para não pagar ou pagar menos impostos.
Pertenço a um país onde a falta de pontualidade é um hábito.
Onde os directores das empresas não valorizam o capital humano.
Onde há pouco interesse pela ecologia, onde as pessoas atiram lixo nas ruas e depois reclamam do governo por não limpar os esgotos.
Onde pessoas se queixam que a luz e a água são serviços caros.
Onde não existe a cultura pela leitura (onde os nossos jovens dizem que é "muito chato ter que ler") e não há consciência nem memória política, histórica nem económica. Onde nossos políticos trabalham dois dias por semana para aprovar projectos e leis que só servem para caçar os pobres, arreliar a classe média e beneficiar a alguns.
Pertenço a um país onde as cartas de condução e as declarações médicas podem ser compradas", sem se fazer qualquer exame.
Um país onde uma pessoa de idade avançada, ou uma mulher com uma criança nos braços, ou um inválido, fica em pé no autocarro, enquanto a pessoa que está sentada finge que dorme para não dar-lhe o lugar. Um país no qual a prioridade de passagem é para o carro e não para o peão. Um país onde fazemos muitas coisas erradas, mas estamos sempre a criticar os nossos governantes.
Quanto mais analiso os defeitos de Santana Lopes e de Sócrates, melhor me sinto como pessoa, apesar de que ainda ontem corrompi um guarda de trânsito para não ser multado. Quanto mais digo o quanto o Cavaco é culpado, melhor sou eu como português, apesar de que ainda hoje pela manhã explorei um cliente que confiava em mim, o que me ajudou a pagar algumas dívidas. Não. Não. Não. Já basta.
Como "matéria prima" de um país, temos muitas coisas boas, mas falta muito para sermos os homens e as mulheres que nosso país precisa. Esses defeitos, essa "CHICO-ESPERTERTICE PORTUGUESA" congénita, essa desonestidade em pequena escala, que depois cresce e evolui até converter-se em casos escandalosos na política, essa falta de qualidade humana, mais do que
Santana, Guterres, Cavaco ou Sócrates, é que é real e honestamente ruim, porque todos eles são portugueses como nós, ELEITOS POR NÓS. Nascidos aqui, não em outra parte...
Fico triste. Porque, ainda que Sócrates fosse embora hoje mesmo, o próximo que o suceder terá que continuar trabalhando com a mesma matéria prima defeituosa que, como povo, somos nós mesmos. E não poderá fazer nada... Não tenho nenhuma garantia de que alguém possa fazer melhor, mas enquanto alguém não sinalizar um caminho destinado a erradicar primeiro os vícios que temos como povo, ninguém servirá. Nem serviu Santana, nem serviu Guterres, não serviu Cavaco, e nem serve Sócrates, nem servirá o que vier. Qual é a alternativa?
Precisamos de mais um ditador, para que nos faça cumprir a lei com a força e por meio do terror? Aqui faz falta outra coisa.
E enquanto essa "outra coisa" não comece a surgir de baixo para cima, ou de cima para baixo, ou do centro para os lados, ou como queiram, seguiremos igualmente condenados, igualmente estancados....igualmente abusados!
É muito bom ser português. Mas quando essa portugalidade autóctone começa a ser um empecilho às nossas possibilidades de desenvolvimento como Nação, então tudo muda...
Não esperemos acender uma vela a todos os santos, a ver se nos mandam um messias.
Nós temos que mudar. Um novo governante com os mesmos portugueses nada poderá fazer. Está muito claro... Somos nós que temos que mudar. Sim, creio que isto encaixa muito bem em tudo o que anda a nos acontecer: desculpamos a mediocridade de programas de televisão nefastos e francamente tolerantes com o fracasso. É a indústria da desculpa e da estupidez.
Agora, depois desta mensagem, francamente decidi procurar o responsável, não para castigá-lo, senão para exigir-lhe (sim, exigir-lhe) que melhore seu comportamento e que não se faça de mouco, de desentendido. Sim, decidi procurar o responsável e ESTOU SEGURO QUE O ENCONTRAREI QUANDO ME OLHAR NO ESPELHO. AÍ ESTÁ. NÃO PRECISO PROCURÁ-LO EM OUTRO LADO.

15 dezembro 2005

Rua do Cainéu

Finalmente, foi hoje pavimentada a rua do Cainéu. Esburacada com a passagem do colector do saneamento municipal, os habituais frequentadores daquela artéria foram saturados pelo estado da via entretando esburacada. Foram vários os que junto de mim reproduziram o seu desagrado o qual ampliei junto dos responsáveis municipais.
Enfim, termina o desassossego daqueles moradores.




13 dezembro 2005

As mediáticas eleições Presidenciais!

Apesar das eleições presidenciais só se realizarem em 2006, a segunda metade do ano de 2005 fica marcada por esta grande “bola de neve” que cresce a cada dia que passa. As escolhas dos candidatos, os tabus, as guerrilhas partidárias acompanhadas pelas “ birras internas”, os debates mediáticos e preparados a preceito pelas equipas de marketing politico de cada candidato, enfim os portugueses têm sido bombardeados por esta questão das presidenciais a toda a hora. Mas afinal quem ganha com isto tudo? Antes de mais, a comunicação social, os media, que têm explorado quase tudo o que se relaciona com os vários candidatos, desde a motivação para concorrer ao alto titulo da presidência da Republica até à cor de gravata preferida de cada candidato. O segundo e principal beneficiado com esta questão das presidenciais e a forma como tem sido debatida é sem duvida o primeiro-ministro José Sócrates. E isto porque desde que começou a ser debatida a questão das presidenciais as atenções que até aí recaíam sobre a formação do novo governo saído das eleições de 20 de Fevereiro e as soluções que o mesmo iria propor aos portugueses foram desviadas para as presidenciais, criando assim, um verdadeiro estado de graça ao governo de José Sócrates, que como sabem ou ainda se lembram está a governar o país e, lembro isto, porque para alguns isso parece ainda não estar a acontecer.
Permitam-me que vos lembre do ambiente que precedeu as eleições legislativas de 20 de Fevereiro, a crise económica, a instabilidade politica referida por Jorge Sampaio, a profunda onda de descrédito do governo de Santana Lopes apontado de ser incapaz de dar a volta a todos os problemas do país. Pois bem, o “salvador da pátria”, detentor de uma maioria robusta, o tal José Sócrates, eleito pelo partido socialista já governa há mais do dobro do tempo que foi concedido a Santana. Agora eu pergunto, o que mudou de lá para cá, o que mudou com José Sócrates, existe maior estabilidade politica? Pelo que sei, o homem com a pasta mais importante e determinante para a resolução dos males apontados até então a este país era o ministro das finanças, não durou mais do que 3 meses. Onde estão os tais milhares de empregos, onde está o crescimento da economia, onde está o bem estar social, onde está a baixa de impostos!?
Bem, os Portugueses também devem ter estas dúvidas, no entanto neste momento vivem anestesiados com as presidenciais. E apesar de anestesiados e bombardeados com toda esta campanha penso que a maior parte ainda nem sequer está esclarecido sobre a forma como funciona o cargo de Presidente da Republica, os seus poderes, as suas competências, até que ponto o mesmo pode intervir, ajudar ou até mesmo resolver os problemas do país. Sim, porque a avaliar pela campanha até parece que o vencedor vai num “passo de mágica” resolver os problemas deste país. Mas de que forma? Com que meios legais? Como? Este é o mal desta grande mediatização, que tudo desvirtualiza que desvia a atenção dos portugueses das verdadeiras questões, que não informa, que “pinta” toda esta campanha de cor de rosa, imbuída de um populismo demagógico que em nada ajuda os portugueses, criando-lhes falsas esperanças para um futuro cada vez mais duvidoso nesta Europa alargada a 25…

10 outubro 2005

OBRIGADO, RONFENSES!

Amigos,
Quero agradecer aos Ronfenses, homens e mulheres, que votaram em nós, que reforçaram esta maioria, para que Ronfe continue em boas mãos.

Agradeço a todos os que me acompanharam, o seu empenho e entusiasmo, que ajudaram a conquistar uma grande vitória.

A nossa alegria é por Ronfe.

OBRIGADO RONFE.

RONFE ESTÁ EM BOAS MÃOS!

Daniel Rodrigues

Junta de Freguesia de Ronfe: RESULTADOS

Inscritos: 3718 Eleitores
Votantes: 2690 72,35%
Brancos: 17 0,46%
Nulos: 26 0,70%

PPD/PSD 1456 Votos 54,13% 6 Mandatos
PS 866 Votos 32,19% 3 Mandatos
PCP-PEV 234 Votos 8,70%
B.E. 72 Votos 2,68%
CDS-PP 19 Votos 0,71%

07 outubro 2005

Resultado do barómetro Autárquicas 2005 - Ronfe

Este foi o resultado do barómetro sobre quem vai ganhar a s próximas eleições na Vila de Ronfe.
A todos os que participaram o meu muito obrigado.
Segunda-feira divulgarei o resultado das eleições.

12 setembro 2005

Manifesto de candidatura

Caros Ronfenses
Esta mensagem que lhes quero enviar prende-se antes de mais com a razão de ser desta candidatura, dirijo-me assim à população de Ronfe; aos homens e mulheres desta grande vila do concelho de Guimarães, que, todos os dias, contribuem com o seu trabalho, com a sua disponibilidade para o crescimento e para o desenvolvimento da sua terra.
Recandidato-me à Presidência da Junta de Freguesia de Ronfe a pensar, tal como fiz há quatro anos, em Ronfe e nos Ronfenses; nas suas necessidades, nos seus anseios, na sua vontade de ver a sua terra crescer e desenvolver-se cada mais. Recandidato-me a pensar na juventude desta Vila e no seu desejo de querer continuar a ver esta Vila a ser governada no sentido do progresso e do desenvolvimento; recandidato-me a pensar nos mais idosos e nas suas necessidades ao nível da acção social; recandidato-me a pensar nas pessoas e nos seus reais problemas.
Há quatro anos, começamos a percorrer um caminho que passava e passa por recolocar Ronfe no sentido do progresso e do desenvolvimento. A maioria absoluta alcançada por esta equipa nas urnas foi a manifestação inequívoca da vontade de mudança. De uma governação distante da população, passamos para uma governação centrada nas pessoas e não no Partido; preocupada com os Ronfenses e com as suas necessidades.
É de cabeça erguida que esta equipa se submete a uma nova candidatura para ver julgados os seus quatro anos de governação. De cabeça erguida porque fomos coerentes com aquilo que prometemos; fomos honestos com a população.
Mas fazemo-lo, também, de consciência tranquila. Nestes últimos quatro anos, o Presidente da Junta de Freguesia de Ronfe foi o representante da Vila de Ronfe junto da Câmara, não foi o representante da Câmara junto dos Ronfenses.
E é por isso que sempre que esteve em causa a defesa dos interesses desta Vila, não hesitei em erguer a voz para defender o que era justo, para defender aquilo a que Ronfe tem direito. Não se trata de fazer oposição à Câmara através da Junta de Freguesia. Trata-se tão só de fazer funcionar a democracia; trata-se tão só de exigir que aqueles que democraticamente foram eleitos para a Câmara respeitem aqueles que democraticamente foram eleitos para a Junta.
Recandidato-me com a energia redobrada que é transmitida por uma equipa que mantendo o projecto inicial, também se renova.
Quero, por isso mesmo, deixar aqui uma palavra de agradecimento e de reconhecimento a todos aqueles que durante estes anos connosco trabalharam. Foram e são um exemplo de dedicação à sua terra.
Quero, igualmente, saudar aqueles que agora se juntam à nossa lista. A sua adesão, a sua vontade de participar reforça a nossa certeza de que estamos no caminho certo.
A nossa luta passa também, por um concelho mais justo, mais igual, onde exista efectiva igualdade de oportunidades, em que não haja cidadãos de primeira e cidadãos de segunda; de forma a que quem mora em Ronfe deixe de dizer vou a Guimarães e passe a dizer vou à cidade.
Nos últimos quatro anos, muito foi feito, mas ainda muito falta fazer, temos a consciência disso.
Recandidatamo-nos com o objectivo de dar continuidade ao imenso trabalho que tem sido desenvolvido.
Eu e esta equipa só sabemos defender os interesses da Vila e os interesses do colectivo. Connosco na Junta, será sempre Ronfe a estar em primeiro lugar. O nosso primeiro e último compromisso é com os Ronfenses e com as suas necessidades. Foi assim nos últimos quatro anos, vai ser assim nos próximos quatro. Viva Ronfe! Viva Guimarães!

Daniel Rodrigues

28 agosto 2005

"RETRATO DA SEMANA", por António Barreto

Aqui divuldo este excelente artigo de ANTÓNIO BARRETO que subscrevo plenamente.
Incompetentes ou mentirosos. Não há volta a dar. Se José Sócrates e os seus amigos, que se dizem "chocados" com o que descobriram, não sabiam o estado em que se Encontravam a economia e as finanças do país; não suspeitavam do défice real do Estado; não conheciam os compromissos assumidos pelos governos anteriores; não tinham feito as contas a partir dos inúmeros dados públicos do Banco de Portugal e do Instituto Nacional de Estatística; nem tinham lido a vasta literatura em jornais e revistas publicados ao longo destes anos; então, são simplesmente incompetentes.
Isto é, não souberam desempenhar as suas funções de oposição. Não foram capazes de obrigar os governos a tornar públicos os elementos que possuíam; não conseguiram utilizar os meios legais que tinha à disposição para forçar as instituições a fornecer-lhes a informação indispensável; não levaram a sério o trabalho de deputados, para o que foram razoavelmente bem pagos durante uns anos; não lhes ocorreu fazer breves contas de somar, com todas as parcelas que, de uma ou de outra maneira, iam sendo reveladas; não consultaram as bases de dados do EUROSTAT; e não leram os boletins do Banco de Portugal, nem os relatórios da UE e da OCDE, assim como não perceberam os trabalhos de previsão das instituições especializadas, nem sequer leram ou compreenderam os relatórios da Economist Intelligence Unit. Mais: não quantificaram as suas propostas eleitorais, não estudaram as implicações dos seus projectos, nem calcularam os custos das promessas que fizeram. Pior ainda, não leram o orçamento para 2005 preparado pelo anterior governo e, se o leram, não perceberam. Em conclusão, não cumpriram os seus deveres, não fizeram os trabalhos de casa. Nem sequer leram os trabalhos que Medina Carreira publica há anos nos jornais, nem ouviram o que Silva Lopes lhes diz regularmente. São, simplesmente, incompetentes.
Mas existe outra hipótese. São inteligentes. Cumprem os seus deveres. Seguiram com atenção a evolução económica e financeira do país. Desempenharam dignamente as suas funções de oposição. Perceberam as manhas e as deficiências do governo anterior. Conheciam as dificuldades em que o país se encontrava. Suspeitavam da dimensão efectiva do défice. Estudaram. Leram tudo o que havia para ler. Fizeram contas. Sabiam que os primeiros anos seriam difíceis. Sabiam que, poucas semanas depois de iniciarem funções, teriam de aumentar o IVA, o IRS, os tabacos e os combustíveis, como seriam obrigados a congelar o emprego e as promoções na função pública. Tinham a certeza de que tomariam medidas para aumentar a idade da reforma e reduzir a indemnização paga pelas baixas de saúde. Não tinham dúvidas de que, mais dia, menos dia, teriam de aumentar as portagens e acabar com a fantasia das SCUTS, o que talvez só fosse conveniente depois das autárquicas. Sabiam isso tudo e mais ainda relativamente às reformas e pensões, aos vencimentos da Administração e às contrapartidas do Estado para a Saúde e a educação. Só que... ninguém conquista a maioria e o poder com promessas desse tipo. Para lá chegar, seria necessário o contrário, mostrar que tudo era possível, que os impostos não aumentariam, que se deveria apostar no investimento e no crescimento, que havia recursos para melhorar a protecção social e para alargar os benefícios da educação. Depois, logo se veria. Mostrariam que nada sabiam, que o défice tinha sido escondido pelo governo anterior, que os relatórios internacionais nada tinham previsto. Se foi esta a escolha, são mentirosos.
Os danos causados na população e na reputação da política são, por anos, irrecuperáveis. A discussão sobre a origem do défice, as suas causas e os seus responsáveis, tem uma só consequência: ninguém acredita "neles".
"Eles", os partidos. "Eles", os primeiros-ministros e os ministros das Finanças. Os próprios aficionados, despachados para as televisões para "explicar" ou "criticar", mostram total falta de convicção e um indesmentível desconforto. Culpam-se descaradamente uns aos outros.
Acusam-se dos piores malefícios. Mostram o pior de si próprios. A fuga de Guterres e a enormidade dos compromissos por si assumidos criaram uma semente de descrédito. O abandono de Barroso, após um exercício de mentira e encenação parecido com o de Sócrates, esteve na origem de uma nova fonte de desconfiança. O despautério de Santana, que garantiu que as dificuldades estavam acabadas, abriu as portas ao desprezo pelos políticos. A actual ficção de Sócrates, apesar de melhor encenada, confirma a tendência exibida nestes últimos anos: a política portuguesa parece-se cada vez mais com uma actividade delinquente.
Apesar de firme adversário do federalismo e da Constituição europeia, sempre fui favorável ao euro e à sua adopção pelo Estado português. Esperava que a adopção da moeda única ajudaria a pôr na ordem os nossos políticos, lhes diminuiria a irresponsabilidade e reduziria a demagogia caseira. Entre outras vantagens, impediria os nossos líderes de continuar a usar as taxas de juro e de câmbio como instrumentos de disfarce das suas políticas. Até hoje, os resultados foram, em parte, positivos.
Com efeito, os juros estão baixos e nunca mais a desvalorização veio castigar os cidadãos que vivem do trabalho. Todavia, o euro, por si só, não basta.
Contra a demagogia e a irresponsabilidade, outros dispositivos são necessários. Na verdade, é preciso encontrar quem, sem matar a liberdade, meta na ordem os políticos nacionais. Nos tempos que correm, só vejo um meio: a Europa. Venha a Europa! Chame-se a União! Solicite-se às agências de fiscalização do défice um exame das contas portuguesas. Abra-se um inquérito à delapidação dos dinheiros públicos, à falta de rigor e à demagogia.
Instaure-se imediatamente um processo contra o Estado português por abuso e desperdício de recursos públicos. Faça-se com que os tribunais e o Banco Central Europeu executem prontamente o conjunto de sanções previstas, a começar pelas multas e a acabar na suspensão de fundos de coesão. Peça-se à União que lance um embargo sobre fundos em curso de utilização, suspendendo novos pagamentos até que se vejam sinais inequívocos de que Portugal está a entrar no bom caminho. Mostre-se às agências de rating toda a verdade, a fim de que Portugal pague mais caro pelas suas loucuras. Os portugueses só mudarão de costumes se forem postos perante o inevitável e a necessidade.
E os políticos só aprenderão se forem castigados, se lhes retirarem os recursos para a sua demagogia e se passarem pela vergonha pública de serem designados como mentirosos e incompetentes. Por vontade própria, não o farão. Já os conhecemos.
ANTÓNIO BARRETO

Meu Perfil

+ Daniel Rodrigues, natural da freguesia de Ronfe, Guimarães.
+ Presidente da Junta de Freguesia de Ronfe.
+ Licenciado em Direito pela Faculdade de Direito de Lisboa.
+ Sócio fundador do núcleo da associação portuguesa de paralisia cerebral de Guimarães.

26 agosto 2005

Vila de Ronfe com rede de saneamento inutilizada


"Cerca de 85% da rede de saneamento da Vila de Ronfe, uma das mais povoadas do concelho de Guimarães, está construída mas não pode ser utilizada." Foi assim que o Jornal Público de Quinta-Feira, 25 de Agosto de 2005 iniciou a noticia que se apresenta.

16 agosto 2005

Uma história de 2 aeroportos!!!

Remeteram-me e-mail com uma comparação entre o aeroporto de Málaga e o de Lisboa. Pelo interesse da análise efectuada, que considero muito interessante, sou a partilha-lo com todos vocês.

Áreas:
Aeroporto de Málaga: 320 hectares;
Aeroporto de Lisboa: 520 hectares.
Pistas:
Aeroporto de Málaga: 1 pista;
Aeroporto de Lisboa: 2 pistas.
Tráfego (2004):
Aeroporto de Málaga: 12 milhões de passageiros, taxa de crescimento, 7% a 8% ao ano.
Aeroporto de Lisboa: 10,7 milhões de passageiros, taxa de crescimento 4,5% ao ano.
Soluções para o aumento de capacidade:
Málaga: 1 novo terminal, investimento de 191 milhões de euros, capacidade 20 milhões de passageiros/ano. O aeroporto continua a 8 Km da cidade e continua a ter uma só pista.
Lisboa: 1 novo aeroporto, 3.000 a 5.000 milhões de euros, solução faraónica a 40Km da cidade.

É o que dá sermos ricos com o dinheiro dos outros e pobres com o próprio espírito. E entretanto vão-nos aumentando os impostos directos, indirectos, taxas, combustíveis, etc., etc., etc..

05 agosto 2005

A lenda do Rio Ave

Li há dias que a empresa pública “Águas do Ave, SA”, vai presentear todas as crianças finalistas do 1.º ciclo das escolas dos municípios que constituem o sistema multimunicipal de abastecimento e de saneamento do Vale do Ave com o livro a “Lenda do Rio Ave”. Pelas crianças de Ronfe muito agradeço. Esta empresa, que apareceu publicitando que trazia a fórmula milagrosa para revitalizar o Rio Ave, até hoje ninguém conhece nada do que tenha feito no terreno (que é o que interessa em matéria de despoluição). O Show-off é muito mas veja-se o estado do Rio. A Vila de Ronfe muito tem sido fustigada pelos maus-tratos ambientais. Não faltam salvadores. Primeiro foi a AMAVE (Associação dos Municípios do Vale do Ave) com o famoso e milionário SIDVA. Agora é a “Águas do Ave, SA” com o multimilionário Sistema, mas na prática o que vemos? Tudo na mesma. Despoluir, revitalizar e requalificar ambientalmente o Rio Ave e a sua bacia é uma necessidade imperiosa. É de extrema importância que assim seja. Não podemos sequer pensar em projectos de carácter lúdico e de recreio quando o estado das águas não é adequado, nem sequer para fins agrícolas. É preciso fazer com que as pessoas deixem de ter vergonha do Rio que lhes passa à porta. Basta de “sacudir a água do capote” passando competências de entidades para entidades porque todos sabemos que as pessoas são as mesmas. Nós queremos saber a “lenda do Rio Ave”, mas acima de tudo queremos o nosso Rio de volta.

21 julho 2005

Uma corporação de bombeiros, de âmbito supra municipal não será já justificável?

O flagelo dos incêndios, é uma questão que nos preocupa a todos.
Vários são os que ocorreram ou estão a ocorrer nas zonas envolventes à Vila de Ronfe, desde Brito a Joane, desde Airão a Leitões, desde Mogege a Pedome. O ambiente é de todos e não é de ninguém. Não tem cor partidária nem fronteiras, faz muita falta mas, é fatalmente destruído pelos fogos. Bem hajam os soldados da paz que tudo fazem para os combater. Qualquer corporação tem a sua área de intervenção, perfeitamente definida, mas, apesar disso é bonito de ser ver, várias corporações em auxílio uns dos outros. Para além do combate aos fogos e de outras funções, os bombeiros assumem papel muito importante no auxílio a doentes e acidentados, através de unidades de intervenção rápida, as conhecidas ambulâncias. O crescimento que a zona onde a freguesia de Ronfe esta inserida, carece de um desenvolvimento adequado, à altura das necessidades da era em que vivemos. A distância desta zona à corporação mais próxima é grande, pouco compatível com as exigências de hoje. Veja-se por exemplo, quanto tempo demora uma ambulância a fazer chegar um doente ou acidentado ao hospital mais próximo. Não seria já, justificável, uma corporação de bombeiros, de âmbito supra municipal, para prestar este serviço. A Vila de Ronfe, pela sua situação geográfica, pelas condições logísticas que oferece, tem todas as condições para centralizar o serviço.

18 julho 2005

Apresentação de Candidatura




Ex.mos Senhores,
Venho por este meio convida-los a estarem presentes na apresentação da minha candidatura à Junta de Freguesia da Vila de Ronfe.
Agradecendo desde já a sua presença, apresento os meus melhores cumprimentos.
Dia 23 de Julho de 2005, pelas 21:00h no salão de Festas da Cruz do Romeu - Ronfe.
Com a presença do Dr. Rui Vítor Costa, candidato do PSD à Câmara Municipal de Guimarães.

28 junho 2005

Rui Rio, Será?

Rui Vítor Costa, poderá ou não revelar-se um novo Rui Rio? Semelhanças existem. Um projecto capaz e bem ponderado, fruto de um trabalho de 4 anos na oposição. A imagem de credibilidade, transparência e competência é outro dos trunfos com que o mesmo se apresenta ao eleitorado. Por sua vez, do outro lado da barricada, existe um chamado “ dinossauro”, experiente, populista, que conhece e trabalha o concelho em termos autárquicos de uma forma mais descansada… Contudo não é a imagem de descanso e de desgaste que poderá catapultar Guimarães para um futuro melhor! O concelho atacado pela crise económica e social necessita de energia, de novas ideias, de se soltar das amarras do clientelismo e do marasmo que o transforma num concelho mal colocado no panorama nacional em determinados aspectos. Talvez o povo sinta o mesmo e tenha a mesma vontade do eleitorado do Porto em 2001???

21 junho 2005

Trapalhadas 2

Peço apenas para imaginarem, o que seria, se o Ministro dos Negócios Estrangeiros de Santana Lopes, se portasse tal como se portou Freitas do Amaral.
Sim, porque esta, de dar a opinião pessoal e, ao mesmo tempo, emitir uma contraditória posição do estado português, só pode ser considerada, mais uma trapalhada.
A posição do estado Português em assuntos da comunidade Europeia, já é frágil, devido ao lugar que ocupamos em termos de ranking, o que será de uma opinião pessoal? Conta para quê? Será que é por se considerar que vem de um chamado “Senador”? Ou será que não passou de uma habilidade para disfarçar a falta de uma posição firme e coerente que este Governo tem em relação ao Tratado e ao seu referendo?

11 junho 2005

Breves Notas! Que ricos ordenados?

(Artigo publicado na edição de Junho de 2005 do Jornal "Repórter Local")
Primeira Nota: A falta de coerência do nosso Presidente da Republica é alarmante, e isto porque, a posição de sua Ex.ª. em relação à nossa economia, em particular, no que toca, ao combate ao défice, altera conforme muda a cor politica de Governo. Se bem se lembram, no tempo da Dr.ª. Ferreira Leite, foi este mesmo Sr. que pediu ao governo de então, para não reduzir a sua actividade ao combate ao défice, afirmou a viva voz que deveria existir mais " vida para além do orçamento ou para além do défice", pois então? Ninguém o compreende agora, no seu discurso, quando faz um apoio claro, à austeridade que o governo desenvolve neste combate esforçado ao défice, mais ainda, apela ao espírito patriótico do nosso povo neste caminho de equilíbrio das contas públicas. Meu caros, agora sim, prova-se quem tinha razão, agora sim eu tenho-a em relação a sua Ex.ª e também em relação a este País! O mesmo País que em 20 de Fevereiro um tal de Sócrates, o via como um País de futuro tecnológico e cheio de soluções, e digo um tal de Sócrates, porque este Primeiro-Ministro não pode ser esse tal Sócrates. Esse tal Sócrates prometeu mundos e fundos, mil maravilhas, mil empregos, mil medidas para melhorar a vida social deste povo, e este Primeiro-Ministro o que é que fez? fez tudo aquilo que o Governo anterior tentou fazer para equilibrar este país: aumento de impostos, redução da despesa pública, aperto aos funcionários públicos, etc. e tal, as tais medidas impopulares que todos criticaram e acharam obsessivas!!! A verdade vem sempre ao de cima, o que se prometeu não foi mais do que um meio para atingir um fim! O dito "Poleiro"! Não venham com as tretas da surpresa das contas Publicas, essa já não pega desde das críticas ao País de TANGA... como era bom que pudéssemos castigar quem não cumpre, como era bom lermos o futuro e mostrar às pessoas que votam, quem são aqueles que elegemos passados meia dúzia de meses. Não existe uma máquina do tempo mas existe memória, e a memória irá funcionar já nas eleições autárquicas...
Segunda Nota: Esta nota serve para fazer um balanço, um balanço que ninguém ainda fez e que porventura não quer fazer, e refiro-me aqui ao EURO 2004, o tal evento que hipotecou o país e algumas autarquias e que prometeu catapultar este País para um futuro melhor. Os sacrifícios dos portugueses devem-se também a este evento, e daí que, deveria existir um balanço para apurar resultados deste nosso sacrifício. Pergunto. O turismo aumentou? Se aumentou, em que escala? Qual o encaixe financeiro? Os estádios estão a ser rentabilizados? Como e por quem? Quem ganhou com o EURO? Foram os Portugueses, quais? Muitos ou poucos? RESPONDAM-ME! e se não tivéssemos gasto tanto dinheiro em estádios de Futebol e construíssemos por exemplo: hospitais, postos de saúde, universidades, escolas, equipamentos para o desporto escolar, tribunais, prisões, parques tecnológicos de apoio a pequenas e médias empresas??? Não estaríamos melhor hoje? pois bem, esta era uma questão, que eu gostaria de ver respondida pelo Sr. Eng. António Guterres, sim porque, pensar em fazer este evento, comprometer este País e depois não obter pelo menos uma resposta deste Sr. ou mesmo do seu partido, é demasiado ingrato e frustrante!
Terceira nota: Pequenas diferenças! Um Presidente de Junta de Freguesia, como eu, recebe de 250 euros, repito 250 euros, de ajudas de custo e representação (diferente poderão ser o caso dos presidentes de Junta a tempo e inteiro ou meio tempo), com um trabalho ao nível do poder local mais limitado em termos de orçamento, competências, mas imbuído da mesma dignidade que um trabalho de um vereador municipal com pelouro atribuído. Veja-se a diferenças em termos de retribuição, o cargo de vereador pode chegar aos 2500 euros (dez vezes mais). Ou seja, um vereador tal como um presidente da Junta estão ao serviço da população, no entanto o primeiro goza de um estatuto bem diferente, veja-se alguns exemplos das mordomias de um vereador: uma equipa técnica que o auxilia dia-a-dia, motorista e viatura do município, ajudas de custo, isto somado a um bom ordenado. Pois é, e se formos mais longe e analisarmos um caso concreto que recai sobre um assunto actual, a acumulação de ordenados! Será que o Sr. Vereador António Castro da Câmara Municipal de Guimarães, junta às mordomias acima referidas, um chorudo ordenado enquanto Presidente do Conselho de Administração da empresa Inter-Municipal VIMÁGUA? É uma boa questão não acham? Tenho quase a certeza que estamos perante mais um caso de imoralidade! Desculpem, mas a isto eles chamam socialismo e não imoralidade!

31 maio 2005

Afinal há, ou não, vida para além do défice?

O Presidente da República, Jorge Sampaio, fez hoje (31 de Maio de 2005) um apelo ao "espírito patriótico" das associações sindicais e patronais para que convirjam na busca de uma solução para a "grave situação" depois de anunciado que o défice poderá atingir os 6,83 por cento este ano." IN Jornal “Publico” de 31 de Maio de 2005.
Nem parece o mesmo Presidente que há uns meses, perante uma situação semelhante, apelou ao Governo para que tivesse atenção uma vez que “há vida para além do défice”
O que mudou de lá para cá?

Antigamente eram trapalhadas...

O Ministro das finanças (Luís Campos e Cunha) em entrevista ao Jornal "Público" de 30 de Maio de 2005 afirma que o governo vai publicar na internet uma lista com as empresas que fogem ao fisco. Ora, se o governo sabe quais são as empresas que fogem ao fisco, nao é mais fácil ir ter com elas e faze-las pagar?

26 maio 2005

Uma Preocupante Insegurança!

Sente-se hoje, uma preocupante insegurança das nossas populações, um medo invulgar e inexistente há uns anos atrás, causado hoje em dia, pela onda de assaltos e vandalismo que se têm multiplicado de uma forma galopante.
Quem pensava há uns 10 anos atrás, que em Ronfe, hoje uma Vila, se assistiria a furtos de viaturas, habitações e estabelecimentos comerciais, muitos deles acompanhados de tiros e demais violência? Um autêntico cenário de Hollywood. Um cenário de cidade. Pois bem, hoje em dia, em Ronfe vive-se este cenário e perante ele existe da parte de todos os cidadãos uma perplexidade tal, que aumenta à medida que aumentam os assaltos.
Como Presidente da Junta de Freguesia desta Vila já algum tempo atrás, se intentaram esforços, nomeadamente reuniões com os comandos da GNR de Guimarães, Governo Civil e demais entidades que poderiam ajudar na resolução deste problema, e o que se constatou na altura, foi desde logo, uma incapacidade das autoridades policiais de encontrar as soluções, nomeadamente pela falta de meios humanos à sua disposição.
O problema de falta de efectivos, que resulta num problema de cobertura de área, leva a que as populações se sintam desprotegidas e entregues aos seus próprios medos, sendo que, ao mesmo tempo os autores deste cenário negro sintam que têm campo aberto para actuarem, deslocando-se da cidade para estes pequenos centros, para um terreno onde a sua actividade se pode desenvolver sem que para tal tenham por perto qualquer autoridade. Como se pode conceber que a Vila de Ronfe seja patrulhada pela GNR vinda de Guimarães, sendo que esta ultima tem o seu posto dentro do centro histórico da cidade de Guimarães? É que para além da distância, coloca-se o problema do tempo que os efectivos da GNR demoram só para sair desse mesmo centro histórico e deslocar-se a Ronfe, que fica a uns bons 8 ou 9 Km. Penso que todas as entidades quanto mais perto das populações estiverem, isto dentro dos possíveis e necessário, mais eficazmente conhecem e resolvem os problemas dessas mesmas, daí não compreender o porquê da não deslocalização deste posto de GNR para um local mais próximo daqueles que esse mesmo posto serve.
Para além deste problema que a distância provoca, de não responder em tempo útil ás necessidade das pessoas, coloca-se o caso das pessoas terem de ir a um local que não é servido de uma rede de estacionamento e de transportes públicos digno e eficaz.
Pois bem meus amigos, todo este problema poderia ser facilmente resolvido com um maior numero de efectivos, de um maior patrulhamento, de um maior numero de postos de GNR, de um maior orçamento para tal, de um maior investimento naquilo que realmente serve as populações, contudo existem outras prioridades neste nosso país, como é o caso dos estádios novos que se construíram, aí sim, vão estar muitos policias, para “guardar quem sabe as costas daqueles que muitas vezes cá fora são os que provocam medos nas populações”.
O nosso problema, neste caso concreto, é um problema de prioridades e não um problema de falta de meios ou financiamento!!!

Três breves notas…

A PRIMEIRA PARA O POSTO DE SAUDE DE RONFE:
Um orgulho enorme, uma vaidade maior! Estes foram os dois sentimentos que me invadiram a alma no dia em que visitei as obras de remodelação do Posto de Saúde de Ronfe. Acompanhando um amigo, neste caso o Dr. Rui Miguel Ribeiro, deputado na Assembleia da Republica e grande responsável por esta magnifica intervenção no posto da nossa vila, foi possível então, ver de perto o andamento de todo o trabalho realizado há não mais de um ano atrás.
Ou seja, faz agora um ano, que a comissão politica do PSD de Guimarães, no mês que dedicou à saúde, visitou o posto de saúde de Ronfe, fazendo-se acompanhar do referido deputado. Da visita foi possível apurar, na minha presença, que existiria um sonho já antigo que estaria por concretizar e que se baseava na ambicionada remodelação de todo o edifício, na altura as palavras do Dr. Miguelote responsável pela extensão de saúde de Ronfe não “caíram em saco roto” e tiveram por parte do deputado, particular atenção. Nesse mesmo ano, em Julho, fiz novas diligências junto do deputado, sendo que o mesmo logo na altura, me deu a boa nova, informando-me que iria haver uma verba disponível para arrancar com o projecto, que ainda não existia e ainda algum cabimento para iniciar a obra, pois bem, passados sete meses apenas, o sonho tornou-se realidade e com a ajuda do poder central, neste caso a secretaria de estado competente e a ARS norte, o resultado está à vista, uma obra em grande na nossa freguesia, um posto de Saúde completamente renovado, com um investimento de cerca de 60 000 contos, uma infra-estrutura que privilegia a nossa vila e que os utentes vão com toda a certeza apreciar.
Meus amigos quando o empenho e a colaboração de todos existe, a obra aparece e cumpre-se o objectivo primordial, quanto a mim, da política – satisfação das necessidades da população!!!
SEGUNDA NOTA PARA O PROBLEMA DA INSEGURANÇA
No dia em que a J unta de Freguesia foi recebida pelo Governador Civil de Braga, para expor o problema da insegurança que se vive em Ronfe, tivemos a notícia de mais uma tentativa de assalto no comércio local da nossa vila, enfim, o problema é sério e urge atacar. Das reuniões que tivemos com o comando da GNR de Guimarães e Governo Civil de Braga, foi possível apurar que os mesmos estão atentos e que a grande dificuldade que se apresenta, é a falta de meios humanos e materiais com que se debate a força de segurança responsável pela cobertura da nossa vila, neste caso a GNR, esta dificuldade que acompanha o dia a dia desta força de segurança é de tal ordem que lhes é impossível neste momento fazer mais e melhor, apesar de Ronfe ser uma das freguesias com maior foco de actividade por parte desta entidade policial.
A promessa de levar este assunto com alguma urgência junto do poder central foi feita pelo Sr. Governador Civil de Braga, até porque a população está a ficar saturada e traumatizada perante esta incapacidade de resposta da autoridade policial, resta agora à Junta de Freguesia estar vigilante e cooperante como ficou estabelecido nessas reuniões e de certa modo tentar de imediato combater o problema com os meios disponíveis.
TERCEIRA NOTA PARA O JUVENTUDE DE RONFE
No último jantar organizado pela direcção do Juventude de Ronfe, foi-me possível assistir e viver momentos que já não se viam há muito neste clube. Um ambiente de união, um espírito de amor ao clube, uma sala cheia de amigos do Juventude e um Presidente da Direcção a lembrar que o Juventude dá abrigo a mais de trezentos miúdos - é obra! E quando o objectivo ultimo da direcção é privilegiar e potencializar a pratica do desporto junto dos mais jovens, penso que está tudo dito – estão no bom caminho, independentemente dos resultados do escalão maior do clube, que sempre causam alguma tristeza.
Foi bom assistir a este ambiente, a esta empatia da população com o clube, que foi de novo criada por esta direcção, foi bom ouvir o hino do clube, com sentimento e em união de todos os presentes, ainda por cima interpretado por um grupo musical de Ronfe, os irmãos Abreu, que desde já saúdo com apreço a sua presença. Os meus parabéns, a todos aqueles que ajudam, este meu clube do coração, a sobreviver a estes tempos difíceis e que se guiam por princípios tão nobres como acima referi.

Respeitar o voto!

Em plena campanha eleitoral, vive-se aquilo que muitos apelidam de “ barulho e muita papelada”, sim, é certo que o nosso país, mais uma vez, vive umas eleições, mas no meio de tanta azáfama, devemos pensar, ouvir, filtrar e tirar uma opinião.
Não é bom, como sabemos, que existam tantas chamadas ás urnas. Comparando Portugal com Espanha, estes tiveram nos últimos trinta anos, 4 ou 5 governos, nós vamos acima de 20; O que se conclui daqui? Bem Espanha está onde está e, este pormenor, poderá de certa forma expressar alguma coisa.
Na minha opinião, a excessiva chamada ás urnas, tem a ver com a forma com que os nossos políticos vêem a governação, ou seja, vêem nela um fim e não um meio, vêem nela uma profissão e não uma tarefa… daí tamanha sede em lá chegar, daí a pressa em mudar de politicas e de políticos, dando razão ao povo quando este afirma que são todos iguais e que os políticos andam à procura apenas de um lugar. Meus amigos, esta não é a forma que eu desejo para a política, não é aquilo que pretendo para a mesma, a politica como uma actividade nobre de realizar o bem comum deve ser praticada de uma forma mais desinteressada, deve ser vista como uma missão.
E as missões devem ter um tempo, um tempo que não são com certeza 4 meses, terá de ser mais, os políticos devem desenvolver a sua actividade num limite temporal que permita por um lado realizar um trabalho planeado, organizado e consequente e por outro, dê tempo para poder ser analisado e avaliado nos seus resultados. O que se passou não foi isto, talvez Santana nem tenha tido tempo para ele próprio tirar as suas conclusões, quanto mais o povo. Eu pergunto, será que Sua Exª Sr. Presidente da Republica poderá ser assim tão dotado para tirar conclusões daquilo que ninguém conseguiu sequer ver, sim, porque foi ele quem quis estas eleições, foi ele quem viu as tais trapalhadas, as tais crises, que não viu no passado no tempo de Guterres. Foi ele quem concluiu aquilo que o povo não concluiu, foi ele quem disse ao povo para votar de novo, quando o povo já o tinha feito e apenas pretendia votar no fim da legislatura, foi ele quem fomentou, mais uma vez esta luta, e será ele certamente a provocar eleições daqui por uns meses.
Digo marcar novamente eleições porque, das duas uma, se o PSD ganhar as eleições, Sampaio só terá um caminho, demitir-se, e aí haverá eleições presidenciais antecipadas, se o PS ganhar, claro está sem a maioria absoluta, terá de fazer a coligação com o chamado Bloco de Esquerda e sendo assim, tamanha coligação cairá em pouco tempo, provocando uma ruptura na governabilidade do país.
Pois bem, mais nervoso que os candidatos, nestas eleições, está Sampaio, e está, a cada dia que avança a campanha, a cada dia que Santana sobe nas sondagens e nos banhos de multidão. Prepare-se Sr. Presidente porque a sua posição vai ser contrariada pelo povo, como diz o ditado “ o povo não dorme” e dia 20 vai votar, votar em massa e dar uma resposta que deverá ser analisada em primeiro lugar por si e depois pelos restantes políticos. O povo manifestará a sua posição contra esta irregular chamada ás urnas, uma chamada de certo modo forçada e precipitada.

Será isto a Politica???

Vivendo num estado de direito onde a democracia parece funcionar, interrogamo-nos muitas vezes, sobre o porquê de certos comportamentos políticos.
Como sabem, o poder politico que vem do povo e é dado aos políticos, não é nada mais, do que um instrumento que deve ser utilizado para o beneficio desse mesmo povo, perdoem-me estas definições simples mas é isto que todos devemos entender claramente, contudo, existem políticos e pessoas também da sociedade civil que não vêem no poder este principio, visualizando algo mais redutor e falacioso, como exemplo, vêem nele mesmo, uma arma de destruição ou até um bem próprio que viverá para sempre na sua imaginação. Nada mais errado poderia acontecer a quem pensa assim, nada mais prejudicial para quem sofre com estes pensamentos, como sabem e é do conhecimento publico os presidentes de Junta de freguesia muitas vezes são actores deste cenário sofrendo em primeira linha com os choques de poder autárquico, ao nível das câmaras municipais, quantas vezes ouvimos o Sr. Presidente da Junta de Freguesia de Joane gritar alto e bom som contra as descriminações que lhe são feitas ou os sofrimentos que por vezes revela, de estar a ser alvo de maus comportamentos de poder? O mesmo poderia eu dizer enquanto presidente de Junta de Freguesia de Ronfe, que sofrendo do mesmo, conheço a realidade por dentro… meus amigos, estar na politica é no fundo estar ao serviço das populações com objectivos claros de satisfação das sua necessidades, não se podendo trabalhar mais ou menos só porque não gostamos de certas pessoas ou porque não desejamos bem a certos lugares ou freguesias, não podemos trabalhar ao sabor de amizades mas sim das necessidades das populações, não podemos trabalhar apenas pensando em quem votou em nós esquecendo todos os outros, aqueles que por vezes têm opiniões diferentes da nossa.
As populações têm as suas necessidades e os seus índices de desenvolvimento provam que o trabalho de todos é necessário, por isso, não compreendo o porquê de certos comportamentos e atitudes que reduzem estas realidades a “pó” só por meros caprichos eleitorais ou de amizade pessoal.
Quantas pessoas afirmam publicamente que a diferença de cores partidárias entre juntas e câmaras, entre câmaras e governo é prejudicial? Muitas. Mas quantas perguntam se está errado esta afirmação nos seus princípios, quantos questionam sobre o mal de se pensar assim, quantos questionam que pensar assim é destruir a democracia e a livre escolha do povo, no que toca à escolha dos seus representantes… a pensar-se assim e a ser verdadeira a lógica que tudo só funciona se for da mesma cor, muito mal iremos nós, muito mal está a nossa democracia, muitas pessoas válidas se perderiam e muito mal estaria a nossa cultura politica, seríamos todos robôs com a mesma cor e numero de série tal como as máquinas… pois, mas não é assim e nunca chegará a ser. Só na diferença de pensamentos, de opiniões e ideologias reside a verdadeira democracia e a grande sociedade, se todos vivêssemos segundo os mesmos princípios e ideias, o quanto era chato este mundo e o quanto perderíamos por não saber como seria pensar diferente e fazer diferente!!!
Finalizando gostaria de dizer que no fundo há algo com muito valor e muito bonito e que muitas pessoas se esquecem devido à sua sede de poder, é que o poder que é dado pelo povo, é lhe retirado por esse mesmo a qualquer momento, daí ser errado pensar-se, que o mesmo é eterno para quem abusa da sua má utilização.

Portugal! Qual é o teu rumo?

Pobre! Assim se pode qualificar a nossa politica actual. O artigo não sendo despropositado, uma vez que estamos em altura de eleições, tem a simples missão de levar a pensar.
A pensar, não só em quem votar mas também porque votar, considerando o voto um dever cívico e um direito conquistado, devemos votar sempre! Mas votar é escolher e escolher é estar esclarecido para poder realizar este mesmo acto.
Quem neste momento está esclarecido pergunto eu? Ninguém, uma vez que os candidatos alinhados à partida, pelo menos que eu saiba, ainda não apresentaram nada… contudo as sondagens já estão na Rua e já apresentam vencedores, e sendo assim, eu pergunto, será que vale a pena votar? Isto é, se já existem sábios e analistas que dão como certa uma vitória do partido Socialista e, por maioria absoluta, será que o meu voto conta? É que se o meu voto contar e, eu ainda puder votar, parece-me que tal verdade dada como certa, não vingará de uma forma tão clara.
E não vingará porque eu e muita gente, não acredita nesse slogan que aparece aos meus olhos e que me diz – “ UM NOVO RUMO PARA PORTUGAL” – mais, “ ACREDITAR DE NOVO”. E não acredito porque, quem se propõe a dar um novo rumo, ainda há três anos atrás abandonou o rumo e fugiu para um deserto, deixando o país em banca rota, após um “despesismo”, desenfreado, resultado de um populismo que já os caracterizava e que deu no que deu ( ou será que ainda existe quem não acredita nesta realidade?).
Mas como quem não tem vergonha e, este país ainda permite, os mesmos de sempre estão de volta, os chamados SENADORES, e são eles, – SOCRATES, CRAVINHO ( o das auto-estradas que devemos?), COELHO ( o da Ponte que caiu e em que a culpa morreu solteira?), PINA MOURA ( o tal que disse o pior de Guterres e do desgoverno das finanças publicas?), VITORINO (o sábio das sisas?), JAIME GAMA ( o de sempre? ), ALMEIDA SANTOS ( ainda vive da politica? ), escondido anda ainda Guterres e na impossibilidade infeliz do Prof. Sousa Franco, aparece ainda a viúva. Meus amigos, perdoem-me, mas eu não alinho neste circo. Quem pede para acreditar de novo é porque mentiu na primeira vez, é porque não teve competência para trabalhar quando pode trabalhar.
Contudo, do outro lado da linha, aparece um Dr. Pedro Santana Lopes, “ esfaqueado por sinal” e que, por muito que me custe, parte em desvantagem para este confronto, e parte em desvantagem, desde logo porque alguém que não é o povo, assim o entende e obriga, quem se lembra de um politico que possa ter sofrido tantos ataques em tão pouco tempo? 4 meses foi o tempo de governação de Santana, tempo que não deu, sequer para fazer asneiras. Tempo impossível para qualificar o seu trabalho, mas tempo bastante para que uns pudessem fazer o seu trabalho, o do “vota abaixo”, ajudados por alguns ditos iluminados do PSD que com tamanha frustração interior, nunca foram capazes de aceitar Santana como 1º ministro.
Meu querido Santana, os tempos são difíceis e o povo que até agora se entreteve com a “casa das celebridades”, pode ser que esteja atento e na pior das hipóteses possa ir a tempo de votar em consciência.
Não desista e tenha a coragem que teve da primeira vez, quando recebeu em mãos um governo impopular, que vinha de uma onda de apertar o cinto e de uma derrota nas europeias.
Ao contrário Sócrates que na altura era nº2 de Guterres, não quis nem teve coragem para segurar o barco, assustou-se com a fuga de Guterres e foi atrás, esperou que o povo se esquecesse deles, para agora voltar.
Agora pergunto?
Porque não assumiu Sócrates o governo de então? Porque não dissolveu de imediato Sampaio o parlamento na altura de Guterres e quase pediu para os fugitivos ficarem? Porque não dissolveu Sampaio o parlamento após a saída de Durão Barroso?
Respostas – Sócrates não tinha, nem tem competência, aliás, a única vez que abriu a boca para falar de uma medida que iria tomar, foi um desastre. Veio o “iluminado”, falar de co-inceneração, quando, nem sabendo do que estava a falar, tal assunto já estava solucionado de um outra forma.
Quanto a Sampaio não dissolveu na altura porque tratavam-se dos seus camaradas.
Após Durão barroso, não convinha! Pois o líder do seu partido, era se bem se lembram Ferro Rodrigues, e claro está, que numa luta directa Ferro/Santana o primeiro sairia cilindrado. Sampaio desta forma e perante este cenário, como bom militante do partido socialista que é, esperou pela mudança de líder em congresso, que lhe ofereceu um “menino” mais à imagem de Santana, com algum charme e boa imagem, deixou-o treinar o teleponto e depois – “ZÀS” – dissolve o parlamento (uma maioria absoluta) e marca eleições. Nunca explicando em concretos os seus fundamentos. Fez lembrar Octávio Machado, quando este dizia – “ vocês sabem do que eu estou a falar”, eu pelo menos Sr. Presidente, não percebi, assim como não percebi como é que daqui para a frente um parlamento com uma maioria absoluta se aguenta perante este precedente. Imagine-se, agora que existia uma maioria PS e mais à frente um Presidente da republica do PSD, será que este ultimo também poderia no caso de um ministro se demitir ou qualquer outro fundamento dissolver a assembleia? Já viram isto para um país que precisa de estabilidade. Não há pior. Iriam haver eleições todos os meses e todos nós seríamos candidatos a deputados com tamanho rol de eleições. Sr. Presidente da Republica pergunto, era preciso fazer um favor tão grande ao seu partido? Se Santana estava tão mal, porque não o deixaram ir até ao fim para ele pudesse cair de podre? Será que o medo dele começar a trabalhar e, finalmente após a época de aperto, abrir os cordões a bolsa como era obvio, o levou a tomar tamanha decisão, aliás a única em 10 anos, pois para trás só vi jogos de golfe e fotografias em revistas “cor de rosa”.
Eu percebo Sr. Presidente, quando as “vacas começam a dar sinal de engordar os “fugitivos” saem da toca para as puder emagrecer novamente”… sempre foi assim neste país, uns governam na dificuldade e arrumam a casa, outros desgovernam e desarrumam tudo. É a lei da vida e deste Portugal, cada vez mais atrasado, no comboio da Europa…
Parabéns pelo presente envenenado que deu a Santana, Sr. Presidente da República, é sempre um bom exemplo para o país, quando estas coisas acontecem…

14 maio 2005

Ronfe festeja 6.º aniversário de elevação a Vila

No fim-de-semana em que Ronfe festeja o seu sexto aniversário de elevação a Vila, assumi a recandidatura às próximas autárquicas.
O assunto não foi ainda discutido oficialmente, mas entendo que não posso defraudar as expectativas de quem me elegeu.
Seis anos após a elevação da freguesia a Vila, acredito que a população tem visto a sua qualidade de vida aumentar. No entanto, há ainda muito trabalho pela frente para que os habitantes de Ronfe não procurem o que precisam noutras localidades.

15 abril 2005

Breves Notas

(Artigo publicado na edição de Abril de 2005 do Jornal "Repórter Local")
Primeira nota: A Morte de João Paulo II, a morte do nosso Papa, representa o fim e um ciclo e uma grande perda para todos nós. Não o valorizo apenas pelo lugar que ocupou, mas retenho a sua figura como m homem bom. Um actor que participou na construção de um mundo melhor, deu um contributo deveras significativo. A sua passagem pela vida mudou muita coisa e, todas elas para melhor...
Segunda nota: As eleições autárquicas estão perto e os movimentos já se notam. Primeiro, os movimentos daqueles que, agarrados ao poder, tentam mantê-lo a todo o custo. Segundo, aqueles que, em tempos, ninguém viu e que, agora, aparecem, encostados aqui e acolá, conforme der jeito, a proclamar todos os milagres e soluções, ideias e razões até à exaustão, criticando quem está e quem esteve.
A independência com que eu vivo da política permite-me olhar esta situação com alguma graça e ver os jogos que as pessoas fazem, sem se aperceberem, sequer, das figuras completamente ridículas, hipócritas ou até vergonhosas.
Tudo bem, são os movimentos políticos que nos rodeiam.
Nota-se também, neste particular, as mexidas de alguns actores que mudam de partido como quem muda um simples par de meias, fazem lembrar o mercado de Verão dos clubes de futebol, onde quem der mais é que é amigo... Enfim, já o disse anteriormente, pobre da nossa politica, ainda por cima quando estas práticas são fomentadas por quem tem maiores responsabilidades no poder autárquico. Caso para dizer: os exemplos bons que deveriam vir de cima, não existem!
Terceira nota: As portagens. Insistir no não pagamento das portagens nas Scuts é um grave erro que prejudica, não só o pagamento das facturas ainda existentes das auto-estradas construídas, que com certeza vão uma vez mais ser negociadas para o futuro - ou seja, como bem diz o povo, "quem vier atrás que feche a porta" -, como prejudica, também, quem vive em sítios que diariamente as paga, na utilização que fazem de auto-estradas em tudo iguais às referidas Scuts. Um exemplo: a via do Infante, no Algarve. É uma estrada em tudo igual às auto-estradas A3, A7, A11, aquelas que nós pagamos diariamente, nas nossas deslocações a Guimarães, Braga, Vila Nova de Famalicão, Porto. Porque será, então, que eu, como vivo no concelho de Guimarães, tenho de pagar todas estas utilizações e outros portugueses, beneficiando de serviço igual, não pagam?