18 outubro 2006

As reformas em curso são as indicadas?

Um país vive de reformas, o seu desenvolvimento depende delas, o seu sucesso é o sinal claro de uma grande nação. Pergunto: as reformas em curso são as indicadas? Estão a ser realizadas nas devidas áreas? Serão tão profundas quanto o necessário? Quais os seus objectivos? A estas perguntas talvez só exista resposta daqui por uns bons 10 anos. No entanto, o que me preocupa não será tanto o resultado mas a forma como se avança para uma reforma. Não poderemos ter a mesma atitude daquele condutor que vai a conduzir o seu automóvel enquanto fala ao telemóvel e de repente vê um policia e baixa o seu aparelho para não ser multado, levantando de imediato, após confirmação de que saiu do raio de visão do agente policial, o auscultador. Quero com isto dizer que as reformas não poderão ser feitas apenas para que o país passe no crivo da fiscalização, para que logo a seguir tudo fique igual. As reformas em curso, por exemplo, visam a redução do défice de Portugal, para que possamos apresentar á união europeia, ao tal crivo, bons resultados ou resultados positivos, não querendo isto significar que após a fiscalização necessária, tudo possa afinal correr para o pântano actual. Quando se pede aos portugueses para apertar o cinto temos de ter pelo menos a garantia que no futuro a medida terá um certo resultado, não se pode pensar apenas em passar na “vistoria”…

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