23 novembro 2007

Contas feitas…

Na última semana fomos bombardeados com o debate sobre o orçamento de Estado. Previa-se um duelo ao sol entre Santana e Sócrates e sai-nos um ajuste de contas “barato” que já se previa e que deveria ser feito a bem de todos.
A comunicação social foi igual a si própria, ou seja, alertada por Santana para a possibilidade de “haver sangue no debate”, tratou de preparar o cenário do duelo, a intriga e o suspense foram alimentados até ao limite… Enfim o que Santana adora.
No que toca ás contas, penso que Santana não conseguiu passar a mensagem, apelidado por Sócrates de figura do passado, Santana não soube nem conseguiu demonstrar que Sócrates é o expoente máximo do regresso ao passado e um passado pouco feliz.
Passo a explicar e exemplificar.
Sócrates tem neste momento nove anos e meio de Governo, sete como ministro de Guterres e dois anos e meio como primeiro-ministro. Foi o ministro sensação e modelo do pior governo deste país, aquele que bateu com a porta e fugiu.
Sócrates é primeiro-ministro, apoiado numa maioria absoluta há dois anos e meio, Santana foi primeiro-ministro apenas QUATRO MESES, tempo que, como toda a gente sabe, não dá sequer para conhecer os dossiers e formar as equipas. Mais, Santana não era sequer ministro de Durão Barroso, por isso não era responsável pelos dois anos anteriores de governação. Santana foi, até entrar para um Governo de quatro meses, presidente da maior Câmara Municipal do País, não foi governante.
Não é que eu tenha Santana como a solução para o nosso país, no entanto, não poderia deixar passar o embuste que Sócrates tenta fazer passar ao culpar Santana pelo estado actual do país.
Sócrates assim como o partido socialista tentam sacudir a água do capote, contudo, em doze anos de Governo o PS é responsável por nove anos e meio. Antes de Guterres havia Cavaco, havia desenvolvimento, progresso. Com Guterres houve desperdício e irresponsabilidade. O maior défice público resultou do comportamento despesista do governo de Guterres, o tal que resolvia os problemas do país atirando dinheiro para cima deles, o esbanjamento foi de tal ordem que Guterres teve que “bater a asa” e fugir.
O tamanho do pântano era tal que na altura não se viu Sócrates a assumir o que quer que fosse a bem de Portugal.
Sócrates por sua vez, apareceu dois anos e meio mais tarde, assobiando para o lado como se o passado não fosse obra dele e apresentou-se aos portugueses como um “milagreiro”.
Hoje, após mais de meio mandato de Governo de Sócrates os milagres afinal não existiram, Portugal não está melhor e os portugueses vivem pior. Com o desemprego, as taxas de juro e os impostos a aumentar de dia para dia o estado de graça acabou e os portugueses enganados em 2005 não se deixarão levar em 2009, até porque o PSD tem hoje um líder capaz e vencedor, um homem com obra e provas dadas no terreno, Luís Filipe Menezes, futuro primeiro ministro de Portugal.

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